Wednesday, September 20, 2006

Horas mortas (04-Set-06)

Ofusca-se o meu mundo pela recusa
De uma esperança em ouvido sentir
Parando num ultimo desejo de fugir
Fora essa aspiração realidade – uma fuga…

Longe os meus sonhos acontecem
Cheios de penosas esperas – amordaçado
Frio, com o espírito revoltado –
Amigos e datas distam mas não esquecem.

Pena-se por se ousar nascer
Num berço de campo quase cidade
Mas esquece-se a vida e a saudade
Em prol do sonho em querer

Gritam-se palavras, ocas me soam
Chegando-me incompletas, distorcidas
E outras ideias que estavam adormecidas
Preenchem as horas mortas que não voam.

Espero como o voo de libelinha
Um patético pairar com essas pás
Imitando asas, sem saber como se faz
Essa coisa de voar – triste sina a minha.

Sei, procuro ser dramático
Sem ter vida q o justifica
Com uma alma que tudo complica,
Sou ser que sem problemas é problemático.

Sem que há minha volta percebam
Sem ter família com ouvidos
Sem largar os meus sonhos perdidos
Procuro voo sem que pesadelos apareçam.

Sonhei ser um astro de mim
Sempre sendo um quase
Alma patética na qual se nasce
Nasce-se e pronto, é-se assim…

Quase deus, quase sol, quase mar
Que mais espero eu da vida
Senão a força de viver cada dia
Passando o tempo a sonhar.

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