Friday, September 28, 2007

d.o.r. & p.a.i.n.

I speak about pain ainda há três dias meu coração era dilacerado por uma onda de tiros de caçadeira perseguindo-me. os meus neurónios, depois da depressão que tivera, explodem-me em dor. pain... pain... pain... ah! os meus tímpanos são perfurados por sons que me martelam a dor de cabeça. os calmantes não mais funcionam e não consigo chegar ao sono profundo. de manhã bebo cinco cafés para me manter acordado, mas vejo que nada disso resulta.
a minha nuca incha com um tumor e parece-me ver além do real, muito mais fundo que as sombras e as formas e isso deixa-me um mal-estar.
pain
pain
pain
oh! i am tired of speaking about pain
shadows
shapes

ofusco
sufoco...

Wednesday, September 26, 2007

eterno penar

pedi-te que voltasses
perguntar-te-ia se me amas
e porquê?
sem saber a resposta
insistia em que me deixasses
por não nadares mais no meu mar.

sempre amei a forma como me olhavas
e como o teu corpo
queimava esta minha carcaça.
sempre supliquei que não saísses de casa
que não sumisses
que fosses sempre o meu silêncio antidepressico.

agora o tempo fecha-se
e eu perdi a noção das horas
mascarei meus olhos de luto.
- não sei se te amo
ou o meu corpo roi de auto-prazer
satisfatoriamente sem ti...

ouço-me perguntar por ti durante a noite
ouço-me a ver teus olhos em toda a parte
ouço-me a recusar estar contigo.

vejo...
não vejo...
tenho as pupilas a inflamar
vislumbro-me desconfortado
o ser ilha sem Deus.

recuso-me...
revolto-me...
deliro-me...
a impaciência...
descubro-me em múltiplas personalidades
as quais não domino
e que vejo espelhadas em toda a parte
alcanço-te no fim do monte
grande como o sol
assim que o atinjo logo rebolo
e o tormento volta eternamente.

pessoa


poderia ser-se mais pessoa,
seguir mais a norma,
não fosse eu mais que um rebelde
um adolescente ainda por crescer

claridade ofuscante (23 de Setembro de 2006)

mortalidade do nosso destino
são as coisas que mais tememos...

o medo da verdade
coisa que queima completamente
a alma sofre
a cor cinza da claridade
inspirada do olor do incenso
que nos devolve a paz à alma.

o nosso pétreo rosto na vista do ceifeiro
e o Caronte que nos apazigua
tudo nos ilude o coração
fazendo com um guarda-chuva barco
e, de olhos cansados,
nos leva nessa viagem
como droga mastigando a nossa sonolência
invade-nos um grande bem-estar.

três vezes estive eu à beira do lago
e mais outras tantas o avistei
mas sempre que o ceifeiro me levou de volta
aos campos de cinza
às cidades eternas
me drogaram de novo com vida.

Saturday, September 22, 2007

ASAE

certamente que toda a gente já ouviu falar deste organismo de inspecções português que tem andado a fazer das suas por todo o país. como empresa fiscalizadora devo dizer que agem com grande rigor, no entanto este tipo de fiscalização é completamente contraprodutivo a vários níveis.
em primeiro lugar o facto de serem um organismo que investiga vários tipo de actividades, desde a restauração, hotelaria, venda de produtos alimentares, movimentações na internet (lembrem-se do caso do BTuga, entre outras. sendo feito por um organismo único isto pode criar uma certa dispersão assim como o facto de não apresentarem pessoas suficientes para uma inspecção a todos os níveis de forma mais ou menos constante, ou seja, todas as situações que criaram continuaram a existir.
um outro ponto que considero fundamental é o facto de apreenderem produtos (em especial alimentos) que me pergunto para onde irão. deste modo pode, em alguns casos, pode gerar-se situações de perda de capital para o país, situação que considero lamentável.
um terceiro ponto que considero o mais condenável de todos é o facto de as inspecções não serem EDUCATIVAS. em várias inspecções feitas por este organismo houve queixas de os inspectores não dizerem às pessoas como devem fazer. no caso que considero mais próximo, devo referir que houve uma inspecção que durou um único dia aos locais de comércio de Fátima. das duas uma, ou estiveram em todos os locais um muito curto tempo, ou estiveram em poucos espaços. do que soube, estiveram em grande número de casas, o que mostra que, mesmo não tendo visto todas, as que viram só tiveram em preocupação encontrar os defeitos e não discutir com as pessoas o que deveriam fazer. além disso este tipo de inspecções tem um problema de injustiça para com as várias casas inspeccionadas: as primeiras são sempre as vistas com mais detalhe.
deste modo peço a quem vir, por acaso este artigo que veja que as inspecções a meu ver são absolutamente necessárias mas que percebam que sou totalmente contra a forma de acção das pessoas da ASAE que mostram não serem profissionais correctos para com várias formas de geração de lucro em Portugal