Friday, December 16, 2005

andei toda a tarde sem fazer nada. a minha moleza levou-me, como seria de esperar até ao bar do costume. mal entrei, completamente mokado, senti pesarem-me olhos em cima. ao longo um homem observava o meu modo de estar. peço uma bebida e noto que ele vem também ao balcão pedir uma bebida. paga-me a minha e eu não lhe dou qualquer atenção, aquele estranho está a tentar engatar-me e eu nem quero saber...
peguei num livro para tentar ler umas linhas e os meus olhos pesavam. não conseguia ler uma letra que fosse. o cenário em constanto mutação da história baralhava o meu cérebro. de qualquer forma tentei disfarçar-me estando a ler o dito livro. esperava uma reação dele, que notava agora era-me completamente odioso em termos de aspecto. a minha cabeça magicava uma forma de o conseguir enredar na minha teia e eu nada querer com ele.
as malhas da minha sedução inocente era fortes e em pouco ele veio ter comigo perguntar-me se não queria sair com ele. disse-lhe que não. ele insistiu e eu sai apressadamente do bar. ele segiu-me. a minha adrenalida subiu vertiginosamente até ao limite e ao aproximar-me da minha casa comecei a sentir uma tontura. parecia que iria adormecer ali mesmo. foi algo que me fez estremecer e pensar que talvez a minha ideia não era tão boa como parecia.
por fim consegui meter-me por uma ruela onde o carro do gajo não passava. então respirei um pouco e acalmei-me. sentei-me no passeio e decidi por a cabeça no lugar e voltar a casa.

Thursday, December 15, 2005

infiel

numa hora tão amarga como esta entre nós os dois eu te revelo que nunca te fui fiel. todas as noites em que estávamos os dois a foder, o meu pensamento ia ter com uma outra pessoa que não conhecia e isso fazia com que o esperma acumulado no interior do meu corpo esguichasse para fora.
todas as noites que me afastava da tua casa deambulava pelo jardim em busca de uma aventura. procurava alimentar a minha fome sexual - sinto vontade de devorar todos os gajos que conheça - enquanto o tempo vai passando e tu nada sabes. e aquelas aventuras que tanto conheces nas casas de banho não acabaram com a tua vinda para a minha vida.
as amargas lágrimas que derramas nos teus olhos não me são mais importantes. a única coisa que me importa é a minha tusa; os sentimentos são coisas frágeis que me derrubam.
nem em pensamento te sou fiel. todas as noites sonho com um homem diferente de cada vez que em conjunto fodemos. nem sempre tu te encontras presente e o perigo da infidelidade é para mim um risco que desejo pisar para te espezinhar.
ante a crueldade da minha pessoa e a grande frieza dos meus reprimidos sentimentos não choro o teu afastamento. isso apenas me tirou algum sabor aos prazeres carnais que tenho nos meus dias de rondas pela cidade em busca do prazer fugaz.

Tuesday, December 06, 2005

esta noite, depois na festa que uns amigos meus deram no bar do costume, atravesso a rua e indo a caminho de casa enconto o gabriel deitado no chão a dormir. as suas roupas estavam completamente amarrotadas e tresandava a sour e bebedeira. levo a minha mão ao seu corpo e abano-o até o acordar. gabriel acorda e bastante atordoado manda umas palavras ao ar até me reconhecer, então eu ajudo-o a levantar-se e pergunto-lhe onde ficava a casa dele. ele não se lembrava e eu não o podeia deixar a dormir na rua. como ele era um amigo meu, resolvo levá-lo para minha casa.
o prédio onde moro não tem elevador e eu sempre gostei de boas vistas, o que nos levou algum tempo a subir. por fim chegamos a casa, eu completamente estafado e ele a cair de sono. entramos e eu deito-o no sofá da sala. ele adormece imediatamente.
eu vou até ao meu quarto e tiro a roupa que tinha vestida para vestir algo mais confortável para andar em casa.
faz frio e o meu apartamento não tem ar condicionado. resolvo fazer um chá verde e tomá-lo calmamente antes de decidir se irei ou não dormir. ponho a cafeteira ao lume e quando a água ferveu deitie-lhe as ervas para dar à água o seu aroma que tanto gosto de cheirar.
decido tomar o meu chá na sala. sento-me numa cadeia e deixo-me inebriar pelo odor da infusão. os meus lábios aquecem ao tocar a chávena e os meus olhos fecham-se para agradecer a dádiva. o meu pensamento lembra-me o gabriel, ali deitado quase sem eu dar por ele.
eu sempre o achei uma pessoa muito atraente, altura média (cerca de 175), corpo bem definido, olhos verdes e cabelo alourado. mesmo estando completamente podre de bêbado, os seus lábio continuam a ter o seu brilho habitual e o seu rosto os traços de uma pessoa tímida mas já feita da vida. em resumo, uma mistura de inocência e de segurança.
os meus olhos abrem-se para o corpo de gabriel e a minha mente deseja-o ardentemente. o meu corpo reage de forma física; sinto uma erecção por dentro das calças. quanto mais quero tirar os olhos dele, mais força tenho em os fixar.
mas minhas mãos movem-se ao longo do meu corpo e uma delas abre o botão de cima e penetra no seu interior. a ponta dos meus dedos toda o tecido macio dos meus boxeres e estimulam ainda mais o meu desejo pelo meu amigo.
a minha sala enche-se do calor do meu desejo, mas ainda assim sinto algum frio.
toda a minha atenção cai sobre aquele corpo adormecido. baixo um pouco as calças e revelo à superfície o meu sexo bem teso.
é neste momento o meu amigo acorda e olha-me de um modo meio adormecido, meio admirado. penso que a primeira coisa que lhe vem à cabeça é onde estou? a segunda é tentar-se lembrar quem sou eu e o que estou a fazer.
ele acaba por acordar completamente e eu tento disfarçar o que estava a fazer. fiquei extremamente envergonhado e não sabia o que dizer. por fim ele repondeu-me que aquilo não o incomodava. eu perguntei-lhe se ele era gay. ele disse-me que sim.