Tuesday, November 23, 2010

Obscuro amor - Poema sobre um amor proibido


De ti amo perdidamente os olhos
fontes de luz corujas meias com a deusa
e têm tamanha sabedoria e engenho
de roer de inveja Pala Atenas de Aquiles
protectora.
Tuas pálpebras adormecem no carinho
de uma pupila de Ágata sentida
dos deuses presente.

De ti amo loucamente o nariz
sua curvatura um qualquer São José
aplainou e passou a fina lixa
a roubar-lhe todas as suas texturas
e imperfeições.
E Miguel Ângelo de cinzel e maço
das mãos esculpiu na pedra teu grão
primor.

De ti amo amargamente os lábios
carnais músculos de Afrodite
protegidos com o fogo da paixão
do Ares vermelho e como é larga
a sua traição.
Apolo os temperou da música
que nas esferas tem divino lugar
com prazer.

De ti amo isto, de ti aquilo
De ti outro isto mais
E quantas mais pessoas vejo
Mais tiras do corpo amo e quero
E para as cozer tenho linha
E o desejo em fazê-lo é um mar
E minhas mãos são escravo
A vós todos amo perfidamente.

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