Friday, November 19, 2010

Mais um capítulo da epopeia erótica

Depois de todo aquele contacto resolvemos regressar para a festa onde as várias pessoas andavam aos beijos umas com as outras. Não poderia descrever tudo o que via pois é algo que supera a minha capacidade de expressão.
A minha atenção virou-se para dois rapazes, um de vinte anos e outro da minha idade, ambos loirinhos, cabelo à escovinha, o mais velho com músculos bem trabalhados e uma serpente tatuada a subir-lhe na perna em cores preta e vermelha. Beijavam-se de um modo bem intenso, como se não vissem à uma quantidade de tempo e estivessem com receios que morressem no momento seguinte. Como se os corpos se juntassem naquele abraço e os braços se misturassem sem que voltassem a distinguir-se. Os dois rapazes eram uma massa quase sem forma humana e mexiam-se como pequenos girinos no interior do ovo, ou melhor deslizavam um no outro saboreando cada ponto do outro e procuravam dar-lhe prazer. Como a maioria das pessoas naquela festa, estavam sem roupas, não só porque a paixão a isso convidava, mas o próprio tempo também. O calor era intenso e a descontracção motivada pela bebida favorecia o desnudar daqueles corpos bem trabalhados, tatuados ou não, alguns com piercings, alguns cheios de dias de bronze de praia, outros tinham-se deixado levar pela tesão do instante, alguns massajavam outros, alguns bebiam, alguns conversavam, alguns passavam as mãos pelos pénis seus ou de outros, outros passavam as mãos por nádegas.
Os dois espojavam-se na borda da piscina com esse intenso abraço. A mão direita de um passava pelas ancas curvas e deslizava um pouco pelas pernas logo abaixo, com trabalho solar nítido. A mão esquerda do outro agarrava a nuca do outro e acariciava a parte de trás da cabeça, forçando-a ao contínuo beijo. As pernas do tatuado estavam enroladas nas pernas do outro rapaz e as suas nádegas se abriam a um perfeito show de exibição sensual para quem os visse. Não sabia dizer se eles estavam tesos ou não, mas eu achava que sim e isso provocou-me uma reacção inesperada de tusa imediata. Nunca me tinha visto numa situação de voyeur, por isso senti que era uma oportunidade interessante de admirar e apenas me sentar em algum sítio a apreciar enquanto me masturbava.
Estavam deitados de lado com uma esteira por baixo de cor verde. Estava salpicada de gotas de água, assim como eles, com vestígios de já se terem beijado no interior da piscina. O rapaz da serpente subiu uma das pernas quase até ao ombro do outro, mostrou-me que os dois estavam bem tesos e que o pau deles era bonito, sendo a forma de cada um diferente. O mais novo tinha um pénis curvo circuncidado e o pénis do outro não era circuncidado direito, mas um pouco maior. Quase se enlaçavam como jibóia em torno do tronco de uma árvore, pareciam que se completavam. O buraco do rapaz da serpente dava quase vontade de me juntar a eles e o penetrar com toda a força. O seu interior se abria de forma provocante e fechava, quase como se estivesse a dizer “vem comer-me”. Quase parecia falar. O mais novo desceu a sua mão para este olho e deslizou o dedo do meio para o interior e logo vi o outro a soltar um pequeno gemido profundo quando lhe entrou alguma coisa por trás.
O rapaz das tatuagens virou-se para cima do outro para o deixar de barriga para cima e de joelhos foi um pouco mais para cima para que o seu rabo ficasse junto da língua do outro. Podiam eles estar a mostrar-se bem provocadores, exibindo a tesão que os dois tinham em posse. Exibiam os dois paus apontados para cima com as suas veias cheias de sanguínea paixão elevada ao expoente do sexo entre dois machos. Os dois deslizavam no prazer um do outro como refúgio último da sua paixão no momento. O rapaz de joelhos deu uma volta e pôs-se a mamar o objecto do seu desejo e que ali se achava também ele desejoso de possuir algo cujo dono era ele mesmo. O rapaz deitado de costas deslizava a sua língua entre o cú e o pau do outro. O seu dedo, bem irrequieto também fazia das dele entrando e saindo do sítio que mais tarde haveria de ser seu e a sua mão inteira se fechava para acolher o pénis do seu adversário.
Tudo o que via me parecia quase uma dança cheia de sensualidade e desejo. Os pequenos passos e deslizar de carnes e os encontros e desencontros entre as duas peles diferentes marcavam os compassos de um ritmo feito de sentimento carnal. As fibras dos músculos cansados agitavam-se euforicamente para reforçar a tesão. Os olhos dos dois por vezes se abriam, mas sempre se achavam alheios ao sítio onde estavam, àqueles que os olhavam, apenas se viam e ao seu par para voltarem a fechar com a força do prazer. A boca não tinha descanso e a língua saía da boca e se via a lamber e agitar-se, a dar o que pudesse a uma outra pessoa de estímulos excitantes, a descarregar mais umas hormonas sensuais, a subir a temperatura do beijo, a rebentar os poros com o acumular da fervente paixão, o aumentar da tesão que era bem grande.
A pila do rapaz mais novo sofria mais um ataque pela boca gulosa do gajo da serpente, como acometido por um pecado mais que original, um pecado ímpar. A língua dele como uma patinadora deslizava da base do pénis em corrida lenta e quente até à cabeça. Como a curva do pénis dele fazia-o apontar para o umbigo, quando a língua continuava o seu arrastar, o da tatuagem encurvava também o pescoço e o buraco de trás abria mais com isso. A língua dele agora tocava quase sem se notar na cabeça desnudada do pau e por vezes soprava um pouco. Bem posso imaginar o prazer que dava aquela carícia do vento frio a bater na saliva que tinha ficado naquela ponta avermelhada do mastro masculino, a sensação semelhante a uma massagem. E o buraquinho do pénis ia-se abrindo e fechando largando também ele um pouco de líquido que era logo vertido pelo resto do membro. A atrevida língua agora separava delicadamente os músculos que fechavam aquele buraquinho do pau e com um pequeno juntar dos dentes descarregava mais um pouco daquela sensação de dor-prazer tão particular.
Aquele rapaz parecia que estava quase a sofrer um ataque ou a entrar em transe, tal era a intensidade com que mamava o traseiro do seu parceiro. O ar quase lhe faltava no respirar, a cor das faces avermelhara-se, o sangue corria-lhe nas veias a uma velocidade vertiginosa, intensamente, como a força de uma cascata depois das chuvadas de inverno. A força do seu corpo era colossal ao suportar não só o peso do outro, mas a tesão que tinha gerado no interior, pronta a funcional como uma bomba atómica. A testosterona era descarregada em doses excessivas e as palmadas no coiro das nádegas do rapaz da tatuagem-serpente eram disso uma mostra. À semelhança da face do mais novo, o traseiro do mais velho avermelhava-se dos choques com a mão do opositor. Uma junção entre dois homens é uma dança violenta entre dois senhores em luta por uma posse… uma dança sensual, mas sempre com uma violência muito particular. As dores misturavam-se com os prazeres, os demónios de ambos que nos afectam o cérebro devem ser os mesmos e por vezes se achem baralhados e misturem os canais dos dois e sintamos dor com prazer ou um prazer com dor.
No pau do rapaz mais novo havia uma garganta a chupá-lo como um gelado naquele quente verão tão apetecido. O sabor da baunilha feita testosterona mal era sentido perante a avassaladora enchente de paixão. As vértebras do pescoço se abriam em ângulo como as páginas de um livro ou de uma máquina fabricante de escravos da masculina tesão. Os lábios subiam e desciam como uma melodia cujo ritmo vais subindo e descendo segundo uma partitura muito particular cujo maestro não se acha definido, mas que no quadro completo daqueles dois se vê estar em harmonia entre eles. Ora sobe, ora desce, como uma valsa num ritmo muito regular e arrastado, ou como uma salsa, mais rápido e quase maquinal, ou como um tango cujo ritmo é incerto mas profundo e cheio de abruptos altos e baixos violentos ou mais suaves, com compassos de silêncio e outros profundamente sonoros dos gemidos dos dois numa ópera em caminho do orgasmo.
Uma enfermeira-mão por vezes ajudava ao fazer certos movimentos, ou a agitar o pau para os lados enquanto a boca estava aberta um pouco mais larga que o pau servia de sino e o pénis de badalo a tocar uma agitada precursão. Depois o trabalho de túnel da boca se fazia novamente sentir, carregando aquela arma.
Eles se entretinham em movimentos cada vez mais empolgados. As suas peles confundiam-se e os corpos se enrolavam no leito verde da relva da luxúria. As bocas de ambos vagueavam por cada recanto e um deles, o das tatuagens, abriu as pernas para que o mais novo lhe saboreasse tudo o que havia no meio das coxas. Misturava-se saliva com a lambonha que lhe saía do caralho num caldo apaixonado. A cobra mortífera gritava pela sua excisão dos infernos e caminhava em direcção ao centro do prazer do rapaz mais novo. O mais novo lambia-lhe tanto o pau como os tomates, tanto os testículos como mais abaixo. A mim ia-me revelando as inocentes partes frágeis do ânus que se mantinha aberto à mais vil das seduções. O próprio ânus dele também abria e fechava a gritar por auxílio e o tatuado logo se prestou ao trabalho. Os dois se engalfinhavam numa azáfama masculina e ternamente suada.
O tatuado olhou-me e fez que não me viu. Decidiu-se a tornar-se ainda mais provocante e colocar o mais novo de costas para o chão e erguer-lhe uma das pernas até ao seu peito. Chupou-lhe cada dedo do pé e aprontou o seu mastro para a caverna de prazer. O rapaz gemeu. Sentia-se mais que excitado. Os seus olhos choravam algo parecido ao que lhe saía do mangalho pelo roçar do pau do outro nos mais internos cantos da abertura. Ele fez de propósito para que o visse a penetrar com todos os detalhes e chegar mesmo a sentir um pouco da pele a entrar em conjunto com o pau encapuçado dele. Cheio de gemidos, ele puxou o corpo do amigo para ele servindo-se da perna como mola para auxiliar o ritmo. O mel da sua voz era como uma música de Apolo para os meus ouvidos. Os minutos de excitação mútua passavam em compassos cada vez mais apressados com as ancas a baterem e os tomates do activo a baterem nas nádegas do mais novo.
O pau do tatuado entrava e saía para depois voltar a entrar. Tirava-o mesmo todo de fora para o fazer sentir a gemer o passar o mais largo da cabeça do pénis e o voltar a tirar como uma superfície com ondulações. Como ele estava! A cara dele lembrava a de algum santo a entrar em êxtase em alguma catedral celestial a ser penetrado por espadas divinas. A do tatuado era de uma completa violência carnal casada com o sentimento de apego emocional. Os dois transpiravam suores de sentimentos. Os dois se camuflavam num único corpo.
Ele saiu de dentro do mais novo e deixo-o deitado no chão. Colocou as suas pernas de tal maneira que se preparava para deixar entrar dentro de si aquela pequena torre de marfim com duas pérolas das mais finas ostras. Alargou a anca. Com as mãos afastou as nádegas. O rapaz com a mão erguia o mangalho para o céu à espera que aquele anel entrasse no domínio da sua esfera. Deixou-se ficar sossegado. Em poucos segundos era abruptamente perturbado pela avalanche de lamas do cu do tatuado com os fluidos dos minutos passados a serem lambidos e mamados. Também ele queria ser bem fodido. Ele erguia-se para o céu e descia ao inferno e para voltar a subir num ciclo que não tinha fim. Tão sagrado seria esta foda entre os dois se fosse vista como o mais puro dos encantos.
Eu mantinha-me quietinho naquele recanto. Mas minhas mãos deslizavam pela glande e pelos tomates e desciam mais um pouco para manipular os beiços de baixo. Não os tenho como os de uma gaja, mas mexer no olho do cu, deveras me excita. Vou deitando saliva nos dedos e continuo a mexer. De vez em quando aperto um pouco os mamilos numa excitação muito particular. Queria-me vir, mas não sem os outros se virem também. Queria partilhar da minha acção espiatória com eles. Estava com uma tremura tal que me estava a vir, mas com uma certa habilidade pressionei com o dedo o canal junto ao ânus por onde vinha o jacto pronto a sair. Continuei a bater uma para que me viesse segunda vez.
Os outros dois estavam completamente absortos nas suas actividades sob o meu olhar penetrante. Decidi que não me iria meter com eles, além do mais um deles não me tinha convidado apesar de me saber estar a vê-los. Continuava ele a ser penetrado. Rodou como as hélices do helicóptero para ficar com a cara virada para o rapaz. Os dois continuavam a olhar-se com desejo cada vez mais crescente para a explosão apoteótica. Beijaram-se e eu percebi que eles se estavam para vir e também eu me apressei.
O tatuado colocou-se de quatro e continuou a estimular a sua verga enquanto o mais novo se estava a preparar para vir. Em poucos minutos o fluxo do leite espesso se fez sentir no ânus dele a escorrer como visco das árvores e o dedo indicador do mais novo deslizou de seguida em redor do buraco até o seu par se vir para o meio da relva. Eu também me vim com os dois a olharem-me. Ao fim ao cabo, estivemos os três em companhia mesmo que distantes.

2 comments:

Anonymous said...

Este texto custou um pouco a publicar e mesmo assim não me encontro completamente satisfeito com ele. Devo admitir que escrever sobre situações de grupo se torna mais fácil pois temos vários pontos de fuga. Neste caso me senti quase como um realizador que tem a função de fazer um filme com a câmara fixa.
Agradeço todo o tipo de comentários construtivos com alguma credibilidade

fatima said...

O teu texto e uma ODE ao VERDADEIRO Amor oBSCURO ,LE-LO deu-me simplesmente Prazer e vontade de me unir neste Orgasmo,sedutoramente violento como so os que sabem amar conseguem ter .Parabens