Tuesday, September 14, 2010

GayChoice.anti-deuspatriafamilia.pt

Não pretendo fazer publicidade a nenhum site por mim criado, ou promover mais uma campanha, mas acima de tudo reforçar o meu espírito contra três coisas que incutiram há tantos anos nas nossas cabecinhas e que até agora continuamos a tê-las presentes.
Há uns artigos atrás referi que ainda nos dias de hoje a frase se continua a aplicar pois temos muitas pessoas que continuam a ir a Fátima pelo menos uma vez por ano - a crise não permite mais. Temos a selecção nacional que após o grande impulso do euro 2004 é o símbolo da nossa pátria e temos a família que continua a ser o motivo pelo qual muita gente continua com as suas cabecinhas agarradas a pensamentos impeditivos de progresso da sociedade.
Não vou falar muito de Deus. Da Pátria muito menos. Hoje fico-me pela família, esse símbolo carnal de união permitida pela igreja entre duas pessoas de sexos diferentes para que as mesmas tenham uma descendência que possa alargar os horizontes do povo de Deus. Justamente por causa da família, da constituição da mesma e sua definição muitas associações em Portugal têm feito trabalhos (cuja importância não vou falar) para desmistificar este mito. Há uns bons anos era bonito ver um pai e uma mãe com os seus filhinhos a passear, mãos dadas e para sempre felizes. Esta é a forma visível de felicidade que todos anseavam. O celibato e profissão de padre, era algo que não era tão desejável para a maioria. Esta fotografia, tão bem enquadrada para a época, começou a mudar.

Primeiro as mulheres quiseram começar a ter direitos, pois os tempos estavam difíceis e elas também tinham de trabalhar tanto ou mais que os maridos. Assim sendo o ser feminino começou a deixar de ter tanto tempo disponível para as crianças. As mesmas tiveram de se amanhar. Resultado: para muitos a juventude começou a meter-se em vícios cada vez mais cedo e a tornar-se mais desordeira, mais exigente para os pais. O paizinho e a mãezinha, como não os querem ouvir, dão-lhes tudo o que querem. Depois admiram-se que os miúdos não saibam o valor das coisas e estejam cada vez mais infantis...
Ora bem, com mais filhos a andar pelas ruas, estes tiveram de se juntar e arranjar amizades com o maior número de pessoas e fazer pela sua vida. Assim começaram a arranjar dinheiro pelas formas mais incríveis que se possa imaginar. Alguns deles se prostituíam ou vendiam o corpo por web cams... É o rumo das coisas e não podemos culpar apenas os pais. As próprias crianças não são inocentes... talvez se queiram fazer, mas não o são completamente.
Mais distracções na infância possíveis permitem não só uma maior qualidade de vida, mas permitem também uma maior preguiça. O que daí resulta é o cada vez maior insucesso escolar em disciplinas como a matemática.
Quem é leitor habitual do meu blog se deve questionar porque falo eu deste assunto sem meter gays pelo meio. Já chego a esse ponto, vos prometo. E se isso não acontecer, lembrem-me.
Como disse, foi permitido às crianças fazer de tudo... Começar a fumar aos 12 anos em quantidades enormes - aos 16 anos são poucas as crianças que ainda não fumaram... Começar a sua vida sexual bem cedo. São poucos os miúdos hoje em dia que chegam virgens à universidade (falo inclusive dos que nunca chumbaram). Começamos a chegar ao ponto que desejo.
Com uma entrada tão precoce na sociedade, vemos estas pessoas, que não têm responsabilidade civil, a cometerem os maiores crimes (a lembrar o caso de Gisberta), a fazer coisas que apenas era vulgar acontecer com adultos (vejam o caso da Casa Pia, onde as crianças não eram de todo inocentes e nem sempre foram obrigadas, mas por vezes se vendiam...). A verdade é que o nosso sistema social foi construído para uma sociedade que está na fotografia a preto-e-branco, amarelecida, com cheiro a mofo e a sua estrutura deve ser adequada à nossa sociedade actual.
Quem já leu o livro de Wilde O Retrato de Dorian Gray certamente se lembra que a partir do momento que o jovem entrou para a sociedade, o quadro começou a perder a sua beleza. O mesmo acontece com a juventude: ao entrarem nos vícios cada vez mais cedo da forma massiva que ocorre, mais cedo começam a parecer velhos, a ficar com as linhas do rosto infantis forçadas a tornar-se adultas.
Se a sociedade mudou, e eu acho que no caso da vivência das crianças não foi para melhor, como podemos achar que a definição de família se mantenha a mesma? Hoje em dia muitos dos casais que entram de véu e grinalda na igreja não quer ter um filho quando ele aparece, o filho é então como um acidente de percurso, um descuido. Podem amá-lo mas nunca o desejaram. Nesse sentido eu tive muita sorte, os meus pais desejaram mesmo ter-me... Para mim as pessoas que desejam ter filhos não podem, uns porque estão juntos com uma pessoa do mesmo sexo, mulheres não podem engravidar solteiras...

Em relação à adopção por casais homossexuais devo dizer que é tão prejudicial para o desenvolvimento das crianças como os filhos nascidos em famílias divorciadas. Uns dão-se bem outros mal. Tudo depende do ambiente em casa e do ambiente na escola.
Que as crianças são cruéis, isso sei que são. Ainda hoje vi uma criança a tratar a mãe como uma criada... Agora termos nas escolas pessoas que não sabem como lidar com a questão da homossexualidade e que preferem não falar nisso às crianças para não as influenciar, isso é outra coisa. Este GayChoice de hoje fica então assim com um cunho mais sério por pedido de uma pessoa que falasse um pouco sobre educação de crianças e de uma outra pessoa que não aceita a adopção por gays...
Abram as vossas mentes e deixem de parte o DeusPátriaFamília para os nossos antepassados e apressem-se a procurar soluções para que as novidades não sejam levadas ao extremo do vício...
It's a GayChoice

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