Friday, December 16, 2005

andei toda a tarde sem fazer nada. a minha moleza levou-me, como seria de esperar até ao bar do costume. mal entrei, completamente mokado, senti pesarem-me olhos em cima. ao longo um homem observava o meu modo de estar. peço uma bebida e noto que ele vem também ao balcão pedir uma bebida. paga-me a minha e eu não lhe dou qualquer atenção, aquele estranho está a tentar engatar-me e eu nem quero saber...
peguei num livro para tentar ler umas linhas e os meus olhos pesavam. não conseguia ler uma letra que fosse. o cenário em constanto mutação da história baralhava o meu cérebro. de qualquer forma tentei disfarçar-me estando a ler o dito livro. esperava uma reação dele, que notava agora era-me completamente odioso em termos de aspecto. a minha cabeça magicava uma forma de o conseguir enredar na minha teia e eu nada querer com ele.
as malhas da minha sedução inocente era fortes e em pouco ele veio ter comigo perguntar-me se não queria sair com ele. disse-lhe que não. ele insistiu e eu sai apressadamente do bar. ele segiu-me. a minha adrenalida subiu vertiginosamente até ao limite e ao aproximar-me da minha casa comecei a sentir uma tontura. parecia que iria adormecer ali mesmo. foi algo que me fez estremecer e pensar que talvez a minha ideia não era tão boa como parecia.
por fim consegui meter-me por uma ruela onde o carro do gajo não passava. então respirei um pouco e acalmei-me. sentei-me no passeio e decidi por a cabeça no lugar e voltar a casa.

1 comment:

cris said...

Gostei deste registo intimista, Danyel! Voltarei a visitar-te. ;)