Saturday, June 30, 2007

meus olhos em pérolas feitos, baços como neve

olho cadáveres apodrecendo,
não mo permitem aos vivos.
é como se o olhar matasse
aquele que matar se quer
ou de olhar se sujassem
as mãos de um crime inocente
em dormindo eu tem lugar

concedem-me tempo e vejo,
algo como um horizonte
algo perdido num Gólgota.
vejo minhas mãos carnais
envidraçando-se como olhos,
meus que de tanto chorar
perderam a capacidade de olhar.

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