Tuesday, January 03, 2006

(A pedido de uma pessoa amiga resolvi ceder e continuar uma história que tenho neste mesmo blog)

eu perguntei-lhe se ele era gay. ele disse-me que sim. aquelas palavras soaram tanto aos meus ouvidos como aos ouvidos do gabriel como se despertasse em nós como uma campainha. os seus olhos enormes olhos marinhos engoliram os meus olhos castanhos e um sabor doce veio-nos à boca enquanto o desejo se espalhava pelas nossas veias.
o cruzar das nossas existências fora sublime e agora o destino enlaçava-se em nós como uma fantasia coberta de cumplicidade e revestida a suor nocturno. beijei-o. assim que os meus lábios se separaram dos meus ele disse-me: "continua, estava a gostar." a força do meu desejo e a aceitação por parte dele esfumaram-se numa espuma de sensações e descobertas que ainda hoje lembro com particular saudade de como as suas mãos levaram as minhas ao meu quarto e de deitaram na cama em que sempre durmo. nessa noite a insónia e o prazer invadiram os meus lençóis até que a manhã despertasse e rasgasse o meu quarto de uma ponta à outra com os raios de sol. é manhã e o meu corpo durido, completamente despido e imóvel enche-se de vida nessas primeiras horas do meu dia. que se passa?
acordo como se fora abatido por uma súbita ressaca da noite anterior. com um pequeno esforço rodo a cabeça e descubro que, por entre os lençóis um outro corpo se encontra deitado. eu nada mais faço que recordar as coisas que fizemos. o meu pénis mexe-se pelo fluxo de memórias na minha cabeça. "foi tão bom", penso eu. aquele rapaz deitado ao meu lado partilhara algo comigo que eu, ainda agora, sinto não ter sido real.
a minha mão toca no lençol que cobre as costas de gabriel. o seu corpo agita-se um pouco. a minha mão desliza mais um pouco trazendo atrás de si o lençol e revelando aos meus olhos a sua pele um pouco bronzeada. ele vira-se de lado e a minha mão continua a pesquisar o seu corpo, sondando cada canto que conhecera pela primeira vez a noite passada. sinto na ponta dos dedos cada um dos mamilos que beijara, sinto na palma da mão o suor que me molhara.
ele começa a acordar sem se lembrar onde se encontra. recordo-o e ele beija-me. diz-me que tem de ir mas eu convenço-o a ficar mais um pouco. ofereço-lhe um pequeno almoço mas ele não se levanta os olhos, pergunto-lhe se está bem mas ele diz-me que não, tem a cabeça à roda. passo-lhe a mão pela cara e ele diz-me para continuar. acabo por o massajar completamente à medida que lhe vou também tirando a roupa do corpo.
ambos nos excitamos mas a manhã corre e cada um de nós tem de voltar à sua vida. antes ainda de nos separarmos prometemos um ao outro que nos contactaremos novamente e partimos pela cidade à espera de um novo encontro.

2 comments:

Anonymous said...

Uhhhhh!!!!! Axo k ainda gostei mais desta parte do k da outra!!!
Nem sei k diga, axo k no todo ficou espectacular, e como duas historias separadas tb funcionam mt bem!


Xpetaculo, xpetaculo....=)

Dardanus said...

obrigado pelo comment. em relação às duas histórias devo dizer que ainda muito poderá ainda vir
tou a pensar em seguir as histórias