Sunday, September 02, 2012

Um GayChoice sobre a Cultura do GRANDE

Hoje o que quero falar é sobre o grande, o poderoso, o magnânimo, o grandioso. Ou pelo menos é esse o contexto que se quer nos dias que correm. Meus senhores e minhas senhoras, o GayChoice de hoje vai nas cristas da cultura do BIG.
Primeiro defino esta cultura do grande, como um movimento em que gira em torno de tudo o que é, tal como o nome indica, grande sem preocupações com outros aspectos que não seja o impacto disso mesmo, de ser grande. Esta forma de estar no mundo desenvolveu-se grandemente nos Estados Unidos e está a invadir o nosso país a um ritmo grande, mais do que se pensa. Muitas das vezes somos mesmo obrigados a inundar-nos de coisas grandes. Nos EUA, após a sua independência, algumas foram as pessoas que enriqueceram rapidamente. Na Europa, quando isso acontecia, os novos ricos compravam casas e palácios de pessoas que entretanto tinham morrido sem descendentes ou caíram em bancarrota. No país do novo mundo, tal não podia acontecer, não haviam casas notáveis. Por esse motivo tinha que se mostrar ostentação com o que era grande. Quanto maior fosse a casa melhor. Quanto maior fosse o arranha-céus de uma determinada empresa, melhor, mais rica ela seria. O conceito do "grande é bom" chegou também à agricultura com a produção de alimentos cada vez maiores, não importando o sabor, cada vez mais aguado, que possam ter. O importante é comprar-se a maior maçã porque comer uma maçã por dia afasta todos os males, por isso quanto maior a maçã melhor.
O sentido de estar a falar nestas coisas do grande vai ter a outros caminhos muito mais do âmbito do meu blog e que refiro dois: paus (entenda-se caralhos, pénis, mastros ou o que lhe queiram chamar) e músculos.
Começo justamente pelo segundo. Se o que é grande é bom e impressiona, muitos dos adeptos de ginásio começaram nas corridas pelo aumento cada vez mais abusivo de peitorais bíceps e tríceps, não importando se quase todo aquele volume é mais gordura que músculo. O importante é criar o grande no mínimo de tempo possível. Ora bem, nos tempos dos gregos, por exemplo, as pessoas deviam ser todas elas mais musculadas que o médio de hoje em dia pelas exigências que a vida tinha e as pessoas ditas mais fracas, decerto que seriam pessoas vistas como normais nos dias de hoje, não o que aparece nos filmes. As pessoas tinham genes e uma cultura que isso exigia e eram criados os músculos com o seu tempo, com as actividades esforçadas feitas diariamente. Hoje em dia quer-se ter os mesmos músculos com um treino intensivo em apenas três meses. Algo tem de ser adicionado para isso acontecer, os aditivos desportivos mais ou menos saudáveis entram então na vida destas pessoas. A minha recomendação é que a cultura do BIG no mínimo de tempo não é saudável. Para mim uma pessoa tem de se trabalhar um pouco antes de qualquer aditivo e não ter demasiada pressa para ficar com um corpo escultural que quanto mais artificial ele é, mais difícil ele é de manter. Não sou contra os aditivos, para quem faça esforço intenso necessitará de um reforço, até mesmo para aguentar o próprio treino, mas reforço que se devem querer as coisas com lentidão. O mesmo conceito é aplicável aos caralhos. Há pessoas que tudo fazem para os ter maiores e maiores, não se importando em que eles trabalhem bem. O que importa é ter algo que impressione. Uma verga, mesmo que de tamanho médio, pode muito bem dar um prazer muito mais intenso que um pau de 30cm. O grande no homem fica como a fruta: quanto maior, menos sabor tem. Que ele não seja o maior mas que seja bem trabalhador por muito tempo...
É o GayChoice de hoje.