Tuesday, September 12, 2006

Hoje tudo me sabe a fel (18-Ago-06)

Hoje tudo me sabe a fel
Amargo como o mundo ando sem o conseguir deixar de ser
Pelo meu corpo escorrem lágrimas amargas
Desfaleço ao som dolente de Ave-Marias chutadas por beatas
Cadenciam-me as engrenagens enferrujadas baixos de uma sinfonia
Ouço até à exaustão todos os acordes que me chegam
Até que a minha triste alma seja apaziguada.
Anjos a todos violo num cemitério apodrecido
Lírios meto na água esperando darem
… jovens marcham…
E eu devoro,
Rasgo,
Como,
Vísceras a desfazerem-se!!!
Plástico apodrecendo!!!
Desdém solene.

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